quarta-feira, 24 de março de 2010

Resenha: Aula dia 23/03


A aula do dia 23, terça-feira, iniciou-se com os blogs sendo expostos e comentados pelos respectivos componentes das equipes. Destacou-se o fato deles estarem recebendo postagens com mais freqüência.
Deu-se início, logo depois, a discussão sobre os dois últimos textos do capítulo “Coisas” do livro “O Mundo Codificado” de Vilém Flusser. Houve uma indagação sobre o conceito da palavra verdade. Com isso, pôde-se destacar que a verdade antes era advinda da religião e agora tornou-se tecnológica, ocorrendo uma mudança de onto-teologia para onto-antropológica.
Assim, o novo homem é formado de idéias atuais, estas que são embutidas de razão, perspectiva e impressões. Tudo funcionando como caracteres homogêneos.
(Surgindo alguma dúvida, consulte o segundo capítulo que aborda a história da técnica).
Outro ponto discutido foi a realidade. Começou-se relatando que a realidade é quase um axioma, uma coisa em eterna construção. Chegando ao fato de que ela é uma construção social. Construção comparada por vezes no texto com o Sistema Nervoso Central (SNC) do ser humano.
Daí, o último capítulo “Porque as máquinas de escrever estalam?” afirma que o mundo atualmente é descrito em cálculos, não mais em alfabeto, esse que agora é subordinado aos números. Isso reflete a passagem do analógico para o digital, sendo a informática responsável por isso. “Os números migram do sistema alfanumérico para novos sistemas e alimentam os computadores. As letras, por sua vez (se quiserem sobreviver), devem simular os números”. A diferença mais radical entre escrever e contar é que o último procura alcançar sínteses. “Desde que os números foram transcodificados em cores, formas e tons, graças aos computadores, a beleza e a profundidade do cálculo tornaram-se perceptíveis aos sentidos. Pode-se ver nas telas dos computadores sua potência criativa, pode-se ouvi-la em forma de música sintetizada e futuramente talvez se possa, nos hologramas tocá-las com as mãos.” O mundo, literalmente, passou a ser adequado ao nosso código numérico.

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