Os anúncios publicitários que povoam o popular aplicativo para realidade aumentada Brightlike foram alvo de críticas neste texto de Ginny Mies para o PC World. "Os aplicativos de realidade aumentada aparentam ser muito legais - até ficarem cheios de propagandas", diz Mies.
Segundo ela, os anúncios que saltam na tela dos aplicativos quando o usuário está relativamente perto de um Starbucks ou um McDonald's, por exemplo, entram em choque com a ideia por trás da Realidade Aumentada, que seria a de orientar alguém que esteja em uma área não muito familiar a encontrar certos lugares específicos, e não apenas mais um Burger King. Ainda alfinetando a Brightlike, ela diz que estes anúncios, antes discretos, agora imensos e chamativos, violam o que a empresa disse ser sua "missão": as redes sociais.
Ela não se prende aos aplicativos necessariamente móveis, lembrando que mesmo no Google Maps ou no Google Street View, atualmente, certos estabelecimentos comerciais são destacados. "Acredito que isto seja útil se você precisa parar para comprar um presente para uma festa ou se abastecer de cafeína antes de uma longa entrevista de emprego. Na maioria dos casos, contudo, estes anúncios atrapalham, especialmente se você está tentando navegar por uma área desconhecida", diz Mies.
Creio que é uma crítica coerente e pertinente. Mas, em minha opinião, fica a questão: se as pessoas que querem fugir do "domínio das grandes corporações" já estão quase sempre predispostas a fazer isto de qualquer maneira; se as empresas que investem na criação destas tecnologias precisam ter seu retorno financeiro de alguma forma, e nada mais previsível do que a publicidade; e se grande parte das pessoas - se não a maioria -, quando viaja e quer fazer um lanche ou tomar um café, está mesmo atrás dos McDonald's e Starbucks da vida, a crítica se sustenta?
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